domingo, 28 de outubro de 2007

O que será que vai ser?


Pode ser que nesta semana eu descubra o sexo do meu filhote.
Fico tentando pensar se lá no fundo tenho alguma preferencia mas só se for num fundo muito inacessível.
Honestamente, em outros tempos, já tive mais que uma preferência por uma filha.
Hoje, isso não me ocorre e digo com muita tranqüilidade que qualquer notícia me trará imensa alegria.
A gravidez tem me ensinado muito a pensar nos meus desejos e nas impermanências...
Gerar um filho é gerar uma outra pessoa.
Meu desejo atravessará essa relação mas não gostaria de correr o risco de tornar meu filho um refém desse desejo.
Quando eu estudava, aprendia umas coisas que só agora entendo com o coração.
Tantas mulheres misturadas com os filhos, dividindo com eles algo muito maior que a sua cama, não é obra do acaso.
A maternidade é uma experiência muito sedutora e pode se tornar uma armadilha.
A liga das palpiteiras que assombram as grávidas não fala disso.
Talvez, porque elas só querem assombrar ou porque caíram na armadilha...
Sei que quero ser Lu tanto quanto eu possa, para que meu filhote possa ser ele ... simplesmente.

Nenhum comentário: